Memorial Unzó Matamba Tombenci Neto integra Circuito de Memória de Ilhéus
Integrante do Circuito de Memória, iniciativa da Secretaria de Cultura (Secult) de Ilhéus, o Memorial Unzó Matamba Tombenci Neto é o primeiro de matriz africana do Sul da Bahia. Reúne material oriundo da longa história do centenário Terreiro de Candomblé Angola da Bahia, fundado em 1885. O espaço, que visa preservar a memória da religião negra, foi fundado em 2006 e fica dentro do Terreiro de Matamba Tombenci Neto, localizado na Avenida Brasil, nº 485 no Alto da Conquista.
A história da casa teve início ainda no século XIX, mais precisamente no ano de 1885, quando Tiodolina Félix Rodrigues, a Nêngua de Inkice Iyá Tidú, fundou o Terreiro Aldeia de Angorô. Hoje, dirigido por Mameto Mukalê (Ilza Rodrigues), o Terreiro de Candomblé Angola da Bahia tem uma longa tradição na cidade de Ilhéus e caracteriza-se também por possuir uma intensa vida comunitária.
O Memorial constitui-se num núcleo de pesquisa e documentação, que abriga um variado acervo de fotografias, documentos e objetos referentes à religião de matriz africana da região Sul da Bahia. A visitação agendada ao Memorial ocorre de segunda a sábado das 9h às 12h e das 14h às 17h.
Circuito – O Circuito de Memória foi lançado em abril, com o objetivo de revelar as histórias que moldam a identidade sul baiana e de aproximar a comunidade aos museus ilheenses. De acordo com o secretário de Cultura (Secult) de Ilhéus, a proposta é ampliar a acessibilidade do público aos museus, através da educação patrimonial, possibilitando a aproximação da população com a sua cultura, já que esses locais proporcionam aos observadores ideias e sensações que ampliam o conhecimento e aprofundam a consciência de identidade.
Integram o circuito a Casa de Cultura Jorge Amado; Museu do Mar e Capitania; Museu do Cacau/UESC; Museu da Piedade; Memorial Misael Tavares; Casa de Arte Baiana; Memorial Unzó Tombenci Neto; Grupo de Preservação da Cultura Negra Dilazenze; e Associação Filtro dos Sonhos.